| Disorder | Your Score |
|---|---|
| Major Depression: | High |
| Dysthymia: | Slight-Moderate |
| Bipolar Disorder: | Slight-Moderate |
| Cyclothymia: | High-Moderate |
| Seasonal Affective Disorder: | Very High |
| Postpartum Depression: | N/A |
| Take the Depression Test | |
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
The Fallen - 1 fail
Cena 1 - Intro
Mais um trabalho, aquela noite era como todas as outras, eu me sentia um predador buscando pela sua presa, nós três éramos assim, se alguém nos desse o dinheiro, não decepcionaríamos nosso contratante. A chuva era fraca e refrescante, assim como a brisa noturna estranhamente fresca, porém o ar quente de verão fazia-me suar.
Correndo atrás da vítima por um beco naquela cidade imunda, as poças de água explodiam assim que eu pisava nelas, meu sobretudo voava ao vento e enquanto eu corria, retirei minhas pistolas do coldre debaixo dele, uma Walther P99 e uma SIG P226. Eu já podia ver a vítima correndo na minha frente, de vez em quando olhando para trás com aqueles olhos esbugalhados e aquela expressão de horror, seus batimentos cardíacos acelerados podiam ser ouvidos por mim, de tão assustado que aquele jovem estava.
- Mano! Vamos encurralá-lo no fim do beco, esteja preparado! Não deixe esse bastardo fugir!
No fone em meu ouvido, a voz da garota que eu costumo chamar de irmã era como um alívio, o beco era estreito, porém longo e o seu fim deveria ser em breve. Aquele GAZ 13 Chaika, um carro russo e antigo, fechou o caminho no final, Diogo como motorista e Jo no banco ao lado, já apontando seu revólver Ruger Blackhawk pela janela ao rapaz que corria em sua direção.
É quando eu sinto uma sensação estranha, de medo. O miserável tira uma pistola de suas mãos e atira contra o carro, eu apenas ouço os palavrões que Jo grita e do disparo de seu revólver, o projétil passa praticamente ao meu lado. Eu páro de correr. Era uma situação urgente, mas não havia outra opção se eu quisesse derrubá-lo, milagrosamente as balas não atingiam os dois, porque o bastardo corria enquanto atirava, além de ser burro é ruim no gatilho.
Aponto a P226 para ele, a mira segue quase que automaticamente e então eu disparo. Não se deve ter pressa ao disparar uma arma, não importa a situação. Eu ouço o grito e o som do corpo caindo no concreto molhado, assim que saiu do carro, ela agachou-se ao lado do garoto baleado e encostou o cano esfumaçante de seu revólver em seu rosto, fazendo-o gritar ainda mais.
- Eu acho que já é o suficiente, mana.
- Esse cretino merece mais do que um tiro na perna. E eu não tive a chance de atirar nele. - Ela disse, fazendo a cara de uma criança implorando ao seu pai um presente de aniversário.
- Não atirei na perna. - Respondi.
Jo com um chute, vira o corpo do garoto até ele ficar de costas, e então ela começa a gargalhar. Eu não pude deixar de soltar um sorriso, não devido a situação, mas por causa dela. Jo, a garota que era como uma irmã para mim, desde o que ocorreu há mais de dez anos atrás, ela e meu companheiro, Diogo, somos uma única família. Diogo chega também sorrindo olhando para o jovem que chorava no chão, mas não nos importávamos com nossas presas.
- Um tiro na bunda... Acho que você antecipou um pouco a tortura. - Comentou ele, abraçando meu ombro e dando-me um tapa nas costas, eu então guardei minhas pistolas novamente no coldre.
--
Meia hora depois já estamos no nosso hotel. Eu caminho pelo corredor de quartos de um lugar cheirando a suor de garotas, pólvora, tripas e sêmen. Era o local mais barra pesada da cidade e eu não me orgulhava de fazer parte dela, afinal ganhávamos a vida com nossos trabalhos, pelo menos éramos reconhecidos por toda a região. Também éramos temidos, éramos conhecidos como Os Caídos. Não tenho idéia do motivo, eu não gostava muito do chamativo, mas se nos temessem e nos dessem grana, eu não me importava.
Assim que estamos em nosso quarto, Diogo pendura o bastardo de ponta cabeça no teto e fica ao lado dele como um pescador que acaba de pescar o maior peixe de sua vida. Jo não se importa, sentada na cama e de pernas cruzadas enquanto limpa o cano de seu revólver. A música que toca no aparelho de som barato que veio junto do quarto toca uma música boa, Blue Jean Blues.
G
Mais um trabalho, aquela noite era como todas as outras, eu me sentia um predador buscando pela sua presa, nós três éramos assim, se alguém nos desse o dinheiro, não decepcionaríamos nosso contratante. A chuva era fraca e refrescante, assim como a brisa noturna estranhamente fresca, porém o ar quente de verão fazia-me suar.
Correndo atrás da vítima por um beco naquela cidade imunda, as poças de água explodiam assim que eu pisava nelas, meu sobretudo voava ao vento e enquanto eu corria, retirei minhas pistolas do coldre debaixo dele, uma Walther P99 e uma SIG P226. Eu já podia ver a vítima correndo na minha frente, de vez em quando olhando para trás com aqueles olhos esbugalhados e aquela expressão de horror, seus batimentos cardíacos acelerados podiam ser ouvidos por mim, de tão assustado que aquele jovem estava.
- Mano! Vamos encurralá-lo no fim do beco, esteja preparado! Não deixe esse bastardo fugir!
No fone em meu ouvido, a voz da garota que eu costumo chamar de irmã era como um alívio, o beco era estreito, porém longo e o seu fim deveria ser em breve. Aquele GAZ 13 Chaika, um carro russo e antigo, fechou o caminho no final, Diogo como motorista e Jo no banco ao lado, já apontando seu revólver Ruger Blackhawk pela janela ao rapaz que corria em sua direção.
É quando eu sinto uma sensação estranha, de medo. O miserável tira uma pistola de suas mãos e atira contra o carro, eu apenas ouço os palavrões que Jo grita e do disparo de seu revólver, o projétil passa praticamente ao meu lado. Eu páro de correr. Era uma situação urgente, mas não havia outra opção se eu quisesse derrubá-lo, milagrosamente as balas não atingiam os dois, porque o bastardo corria enquanto atirava, além de ser burro é ruim no gatilho.
Aponto a P226 para ele, a mira segue quase que automaticamente e então eu disparo. Não se deve ter pressa ao disparar uma arma, não importa a situação. Eu ouço o grito e o som do corpo caindo no concreto molhado, assim que saiu do carro, ela agachou-se ao lado do garoto baleado e encostou o cano esfumaçante de seu revólver em seu rosto, fazendo-o gritar ainda mais.
- Eu acho que já é o suficiente, mana.
- Esse cretino merece mais do que um tiro na perna. E eu não tive a chance de atirar nele. - Ela disse, fazendo a cara de uma criança implorando ao seu pai um presente de aniversário.
- Não atirei na perna. - Respondi.
Jo com um chute, vira o corpo do garoto até ele ficar de costas, e então ela começa a gargalhar. Eu não pude deixar de soltar um sorriso, não devido a situação, mas por causa dela. Jo, a garota que era como uma irmã para mim, desde o que ocorreu há mais de dez anos atrás, ela e meu companheiro, Diogo, somos uma única família. Diogo chega também sorrindo olhando para o jovem que chorava no chão, mas não nos importávamos com nossas presas.
- Um tiro na bunda... Acho que você antecipou um pouco a tortura. - Comentou ele, abraçando meu ombro e dando-me um tapa nas costas, eu então guardei minhas pistolas novamente no coldre.
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Meia hora depois já estamos no nosso hotel. Eu caminho pelo corredor de quartos de um lugar cheirando a suor de garotas, pólvora, tripas e sêmen. Era o local mais barra pesada da cidade e eu não me orgulhava de fazer parte dela, afinal ganhávamos a vida com nossos trabalhos, pelo menos éramos reconhecidos por toda a região. Também éramos temidos, éramos conhecidos como Os Caídos. Não tenho idéia do motivo, eu não gostava muito do chamativo, mas se nos temessem e nos dessem grana, eu não me importava.
Assim que estamos em nosso quarto, Diogo pendura o bastardo de ponta cabeça no teto e fica ao lado dele como um pescador que acaba de pescar o maior peixe de sua vida. Jo não se importa, sentada na cama e de pernas cruzadas enquanto limpa o cano de seu revólver. A música que toca no aparelho de som barato que veio junto do quarto toca uma música boa, Blue Jean Blues.
G
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Eu parei de correr. A mulher que estava comigo também parou, confusa.
- Ouviu isso? - Perguntei.
- Ouvir o que além do prédio caindo, temos que ir!
- Essa voz...
Eu continuei à correr com ela. Houve um tremor e um ruído de como se houvesse uma explosão, enquanto corríamos, a janela do final do corredor foi destruída por um carro em chamas que atravessava a parede.
A mulher gritou com o susto.
- Mas nós estamos no décimo primeiro andar! - Gritou ela, confusa.
- Desce! - Disse eu.
Viramos na entrada das escadas logo à esquerda e continuamos à descer, descemos dez andares, o resto da escada simplesmente desaparecera no meio de concreto e fogo. Estávamos no primeiro andar, abrimos a porta para o corredor e vimos que ali estava pior, metade do corredor estava em chamas, vimos alguém gritando em algum lugar, percebi que vinha de um dos quartos.
Eu arrombei a porta e vi quatro criaturas que pareciam ser aranhas do tamanho de um cachorro, correndo pelo quarto, enquanto havia um senhor gritando no chão, com partes da sua carne à mostra e muito sangue.
A mulher do meu lado, estava tão assustada que não podia se mexer, ou até mesmo dizer algo.
Tentei parar o sangramento com uma toalha, mas o ferimento era profundo demais. O senhor de idade gritava desesperadamente e parecia estar perdendo a consciência, o sangue jorrava no carpete do quarto. Escuto um ruído agudo, parecido com a de um rato, olhei para trás e vi aquelas criaturas se juntando para correr atrás de mim.
Tentei parar o sangramento com uma toalha, mas o ferimento era profundo demais. O senhor de idade gritava desesperadamente e parecia estar perdendo a consciência, o sangue jorrava no carpete do quarto. Escuto um ruído agudo, parecido com a de um rato, olhei para trás e vi aquelas criaturas se juntando para correr atrás de mim.
- Rápido! - Gritei, puxando um sofá qualquer que estava no corredor para fazer um bloqueio na porta. A mulher fechou a porta e as criaturas ficaram se debatendo nela.
Eu corri até a porta do elevador e tentei ver se havia algum jeito de descer até o térreo, vi os dois elevadores despencados lá embaixo, não era tão alto, apenas precisávamos de uma corda para que nós não se machucasse.
Procurei, mas não achei uma coisa que servisse como corda, fui até a porta e examinei o local novamente, havia uma pequena borda na parede, por onde eu poderia andar de lado. Me agachei e me segurei naquelas bordas, o resto do meu corpo ficou para baixo, estava sustentado pelos meus braços. Eu escalei naquela borda até chegar perto do teto de um dos elevadores destruídos e depois me soltei, eu caí numa superfície mais próxima que o chão e eu fiquei bem, agora faltava a mulher.
Ela fez exatamente como eu, embora parecia às vezes que ela não iria aguentar seu próprio peso e cairia, mas ela conseguiu chegar ao elevador, eu a peguei no momento em que ela se soltou e não se machucou.
Agora a única saída era o próprio elevador. Pulamos dentro dele pela comporta de manutenção e a primeira coisa que pensei foi em abrir a porta, fiz força com minhas mãos, ela se juntou a mim e continuamos a empurrar a porta do elevador, abrimos uma fresta e passamos por ela para chegarmos ao hall do prédio.
O que encontramos foi um lugar escuro e destruído. A porta da frente do prédio havia desabado e estava em chamas, não sabíamos como aquele prédio ainda não havia caído completamente e matado todos nós, por isso tínhamos que sair dali o mais rápido possível.
Andamos pelo hall deserto até a sala da recepção, ela estava escura então mandei que a mulher pegasse um pedaço de madeira e ficasse esperando do lado de fora. Fiz meu caminho até a sombria porta da sala de recepção, ao abrir a porta, ouvi aquele mesmo ruído que ouvi no quarto do senhor, eu saí correndo para fora e duas daquelas aranhas correram pelo teto e depois pela parede, me perseguindo.
Aquela mulher atingiu uma das aranhas com a madeira, a outra tentou atacá-la, mas eu chutei-a para longe, me lembrei do revólver que eu tinha pego logo no começo e saquei-a.
- Você tem uma arma?! - Perguntou a mulher, surpresa.
- S-sim... Eu já havia me esquecido dela... Com tudo o que está acontecendo...
- Sabe o que está acontecendo aqui? - Perguntou ela.
- Não faço a mínima idéia, eu acordei com uma dor de cabeça no meu quarto e... Encontrei o prédio nesse estado, mas e você? Tem alguma suspeita?
- Não... Eu estava indo me encontrar com uma amiga, eu entrei no elevador e estava tudo normal até haver um tremor, o elevador parou e fiquei por umas seis horas presa lá dentro, eu estou com sede e com fome... E cansada.
- Você disse antes que tentou ligar para os bombeiros, ainda está com seu celular?
- Sim... - Disse ela, pegando de sua bolsa e dando-o em minhas mãos.
Eu digitei "911" naquele teclado sensível ao toque e apertei em "call". A seguinte frase apareceu na tela:
"Calling Emergency..."
Fui surpreendido por uma série de ruídos bizarros durante dois minutos, a mensagem automática repetiu duas vezes a mensagem "Pedimos desculpas, todas as linhas estão ocupadas, por favor, tente sua ligação novamente mais tarde."
- Que sons foram aqueles? - Perguntou ela.
Aquela mulher atingiu uma das aranhas com a madeira, a outra tentou atacá-la, mas eu chutei-a para longe, me lembrei do revólver que eu tinha pego logo no começo e saquei-a.
- Você tem uma arma?! - Perguntou a mulher, surpresa.
- S-sim... Eu já havia me esquecido dela... Com tudo o que está acontecendo...
- Sabe o que está acontecendo aqui? - Perguntou ela.
- Não faço a mínima idéia, eu acordei com uma dor de cabeça no meu quarto e... Encontrei o prédio nesse estado, mas e você? Tem alguma suspeita?
- Não... Eu estava indo me encontrar com uma amiga, eu entrei no elevador e estava tudo normal até haver um tremor, o elevador parou e fiquei por umas seis horas presa lá dentro, eu estou com sede e com fome... E cansada.
- Você disse antes que tentou ligar para os bombeiros, ainda está com seu celular?
- Sim... - Disse ela, pegando de sua bolsa e dando-o em minhas mãos.
Eu digitei "911" naquele teclado sensível ao toque e apertei em "call". A seguinte frase apareceu na tela:
"Calling Emergency..."
Fui surpreendido por uma série de ruídos bizarros durante dois minutos, a mensagem automática repetiu duas vezes a mensagem "Pedimos desculpas, todas as linhas estão ocupadas, por favor, tente sua ligação novamente mais tarde."
- Que sons foram aqueles? - Perguntou ela.
- Eu não sei... Talvez de alguma interferência, ou algo do tipo...
Eu entrei na sala da recepção, estava escura, tateei a parede envolta, fazendo um caminho bagunçado até um interruptor, acendi a luminária e a sala se iluminou. A luz revelou o cadáver de um guarda e do recepcionista, ambos estavam com suas tripas reviradas, saindo de seu estômago e peito e caindo no chão ao redor, além da grande poça de sangue.
O guarda estava com uma pistola nas mãos, era sempre bom ter alguma arma para se proteger, por isso a peguei, o recepcionista estava numa posição sentada, ao lado de um armário que estava trancado com um cadeado ensanguentado. Peguei uma cadeira, quebrei a perna desta e tentei usá-la para abrir o cadeado, sem sucesso.
Peguei o revólver e apontei para o cadeado, puxei o cão e depois apertei o gatilho. O som do volume foi alto demais e ecoou pela sala, eu pude ouvir a mulher gritando do lado de fora, com o susto.
Abri o armário e peguei uma lanterna e algumas pilhas, peguei dois pentes da pistola do guarda e logo depois saí da sala. Me encontrei com a mulher do lado de fora.
- Pra onde vamos agora? - Perguntou ela.
- Precisamos de um lugar pra sair... Vamos tentar o estacionamento, se não conseguirmos, vamos tentar o depósito, provavelmente há algum neste prédio.
- Ok, vamos...
Enquanto caminhávamos até a porta de saída que ia para o estacionamento, ouvimos um rugido atrás de nós, ao olhar para trás, vimos dois homens ensanguentados olhando para nós, eles começaram à correr em nossa direção, não pareciam ser nada amigáveis, corremos até a porta e a fechamos. Aqueles homens continuavam batendo contra a porta.
Peguei o revólver e apontei para o cadeado, puxei o cão e depois apertei o gatilho. O som do volume foi alto demais e ecoou pela sala, eu pude ouvir a mulher gritando do lado de fora, com o susto.
Abri o armário e peguei uma lanterna e algumas pilhas, peguei dois pentes da pistola do guarda e logo depois saí da sala. Me encontrei com a mulher do lado de fora.
- Pra onde vamos agora? - Perguntou ela.
- Precisamos de um lugar pra sair... Vamos tentar o estacionamento, se não conseguirmos, vamos tentar o depósito, provavelmente há algum neste prédio.
- Ok, vamos...
Enquanto caminhávamos até a porta de saída que ia para o estacionamento, ouvimos um rugido atrás de nós, ao olhar para trás, vimos dois homens ensanguentados olhando para nós, eles começaram à correr em nossa direção, não pareciam ser nada amigáveis, corremos até a porta e a fechamos. Aqueles homens continuavam batendo contra a porta.
- O que eles estão fazendo?! - Gritou a mulher.
- Eu não sei! - Respondi enquanto colocava minha força contra a porta.
As batidas e os gritos pararam. Eu coloquei uma mesa que estava ali do lado na frente da porta, de tal modo que não houvesse como eles entrarem, mas isto nos impediria de sair se precisássemos.
Ao me virar, eu me deparei com uma escadaria comum que virava para a esquerda logo à frente, o corrimão estava todo ensanguentado, alguém já tinha estado ali antes. Peguei a pistola e segui em frente, descendo cada degrau apontando a pistola para a frente, a mulher andava atrás de mim, quieta e cautelosa, mas eu sentia o medo emanando em volta dela.
Depois de duas portas, chegamos ao estacionamento. Estava um pouco escuro e havia um rastro de sangue espalhado pelo chão, os carros estavam espalhados e abandonados. Decidi seguir o rastro de sangue para ver se havia alguém vivo.
Andamos pelo subsolo escuro até a trilha de sangue acabar em um carro preto. Peguei a lanterna e a apontei para o vidro do carro, tudo o que eu pude ver foi a silhueta de uma cabeça encostada no volante.
Abri a porta do passageiro e encontrei um homem parecendo estar inconsciente, ele vestia um uniforme da segurança do prédio, eu o tirei dali e o coloquei no asfalto. Eu disse para eu e a mulher ficarmos afastados e esperar o comportamento que ele teria ao acordar, já que tínhamos visto aqueles dois homens no andar de cima, ela não entendeu muito bem, eu já tinha algo em mente, é claro que era algo ridículo, mas não custava nada prevenção.
O homem acordou depois de alguns minutos, ele se levantou confuso, gemendo da dor que tinha em seu braço que sangrava. Ele nos viu e sorriu.
- Não se preocupem, eu não sou um deles...
- O que está acontecendo aqui? Pode nos dizer?
- Bem, eu não sei o que está acontecendo oficialmente, mas eu sei que houve uma luz intensa, um som de como se houvesse uma bomba explodindo e tremor forte que abalou todos os prédios. Eu estava na recepção quando um ônibus voou e atingiu a entrada do hall, tudo começou à desabar e a pegar fogo, eu corri até o elevador e subi até o último andar para ajudar à evacuar o prédio.
- Evacuar? - Perguntei, foi uma atitude meio precipitada, mas fazia sentido, já que o hall estava desmoronando.
- Sim. Tentamos ligar as televisões e não havia sinal, tentamos os telefones, mas todas as linhas estavam ocupadas, a internet simplesmente não tem conexão...
- Quando eu liguei a tv logo que acordei, eu vi uma mensagem na tela.
- Que mensagem? - Perguntou a mulher, curiosa e assustada.
- Era uma tela azul do canal sete, havia uma sigla em caixa alta dizendo "EAS".
- Deus... Então é algo sério... Deve estar acontecendo algo na cidade. - Disse ele, assombrado.
- O que essa sigla quer dizer? - Perguntei.
- Emergency Alert System... - Respondeu a mulher ao meu lado. - É um sistema de comunicação do governo, o propósito dele é informar a população de como se cuidar na situação de um desastre de grandes proporções... Ele nunca foi utilizado oficialmente. Havia alguma instrução na tela? Uma barra com as letras passando?
- Não, apenas uma tela azul com uns bipes eletrônicos.
- É possível que não tenham ativado ela direito e esteja apresentando problemas. - Disse ela.
- O que devemos fazer agora? - Perguntei.
- Temos que arranjar um jeito de sair daqui antes que tudo caia em cima das nossas cabeças, tem que haver um jeito de sair por aqui, vamos procurar um carro que esteja funcionando.
- Isso é fácil, eu estava em um... - Disse o homem, se referindo ao carro preto de onde o tirei.
Eu tentei fazer uma ligação direta, errei na primeira tentativa quando o que eu ativei foi a buzina do veículo, na segunda vez o carro ligou-se e os faróis se acenderam, dei a ré e comecei à andar com o carro pelo estacionamento.
Mesmo com tudo o que vimos, tínhamos a esperança de ao sair do prédio, receber atendimento médico e souber que apenas aquele prédio estava em chamas e que sobrevivemos de um desastre...
Mas aquela noite estava apenas começando.
Awakening
Acordei com a cara enfiada no chão frio daquele quarto desconhecido.
Meu corpo estava dolorido, e minha cabeça parecia que iria explodir. Eu estava suando e com sede, o quarto estava demasiadamente quente e escuro, parecia um quarto qualquer de um hotel cinco estrelas, fora a parte de eu não saber o que estava fazendo ali, tudo bem, o problema era o estado em que aquele quarto estava.
Me levantei daquele chão cheio de pó e sujeira branca, haviam janelas enormes, o vidro estava quebrado e as cortinas balançavam dentro do quarto devido ao vento. Podia-se ver o crepúsculo do sol no horizonte, contrastando com os edifícios de uma grande cidade, eu conseguia ouvir um barulho insistente de sirenes lá fora, mas eu ignorei e examinei o quarto em que eu estava.
Eu andei até o banheiro do quarto para lavar meu rosto, o fiz, bebi um pouco de água e fiquei me encarando no espelho, eu não conseguia reconhecer meu próprio rosto, não demorou muito até que eu notasse que... Eu não sabia nem mesmo o meu nome.
Quando voltei para o quarto, eu notei manchas do que parecia ser sangue nas paredes, havia um caminho que elas faziam pelo quarto, começando do canto onde eu acordei, até a porta que saía do quarto, para o corredor do hotel.
Fui até o aparelho de televisão e o liguei. Eu vi uma imagem azul com o número "7" girando, a tela mostrava:

Tocava-se uma sequência de tons eletrônicos, pareciam-se com bipes.
Mudei de canal, um dos canais mais importantes, Canal 44, estava totalmente fora do ar.
Desliguei a tv quando tudo o que eu via era estática. Me virei novamente para as paredes do quarto e observei as manchas de sangue e aqueles longos abajures derrubados. Eu estava vestindo apenas uma camisa branca e uma calça jeans, a minha camisa estava com uma mancha de sangue, aquele sangue não era meu, então de quem seria?
Será que eu machuquei alguém? Havia esta possibilidade, uma que eu temia. Vi um sobretudo preto pendurado num cabide e o vesti, abri a porta do quarto e eu cheguei ao corredor do hotel, as luzes piscavam e outras luminárias estavam queimadas. Haviam rachaduras e buracos abertos nas paredes, escombros no chão do corredor e muito sangue.
Fiquei desorientado, aquele lugar estava em ruínas e eu sentia o cheiro do sangue, andei por um dos corredores e achei um corpo no chão, corri até ele para tentar socorre-lo. O homem estava em cima de uma poça de seu próprio sangue, haviam escombros acima de seu corpo, eu tirei as pedras e ele gemia de dor por causa de seu ferimento no abdômen.
- Pegue isso... - Dizia ele com todo o seu esforço, me oferecendo uma revólver em sua mão. - Não deixe que eles te peguem... Fuja daqui, ou eles irão fazer o mesmo... Farão o mesmo que fizeram com as pessoas no hall... Não deixe que eles te peguem...
- Acalme-se, eles quem? Quem fez isto? - Perguntei.
- Aquelas coisas... Elas estão vivas... Eu não...
- Eu vou procurar ajuda, espere aqui, aguente firme... - Disse eu, ignorando a arma nas suas mãos e virando para o outro corredor. Estava totalmente escuro, eu peguei um pedaço de madeira que caíra do teto e coloquei num dos móveis em chamas, fiz do pedaço de madeira uma tocha e andei pelo corredor, não demorou muito até que eu achasse as escadas.
Enquanto eu descia as escadas, eu ouvi um grito alto seguido do barulho de tiros, meus pensamentos imediatamente se voltaram para o senhor ensanguentado no chão. Abandonei a tocha e corri até o local onde ele estava, o que eu vi foi perturbador: O vulto do que parecia ser um ser aracnídeo correu pelo teto e desapareceu nas sombras, pelo mesmo caminho que ele percorreu no teto, haviam gotas de sangue pingadas no chão traçando a mesma rota. O local onde antes o senhor estava agora era só sangue, poeira e escombros, além de sua arma jogada no chão.
Eu imediatamente peguei a revólver no chão e corri o mais rápido que eu pude para as escadas, depois de descer três andares, a escada estava destruída. Voltei um andar e vi o número escrito na parede: "13". Eu estava no décimo terceiro andar de daquele prédio.
Entrei no corredor de quartos e procurei uma forma de descer, uma forma de sair do prédio, as escadas estavam bloqueadas e a minha única opção era o elevador, embora eu sabia que não seria seguro usá-lo com o prédio naquela situação, com incêndios e escombros caindo do teto, mas era a única saída viável.
Havia um extintor de incêndio e eu o usei para tentar abrir a porta do elevador, o que aconteceu é que depois de algumas batidas o gás de dentro dele começou à vazar e tive que abandonar o extintor e achar algo mais pesado e resistente para forçar a porta de metal do elevador.
Eu entrei em um dos quartos daquele andar, havia um princípio de incêndio e parte da parede tinha uma enorme rachadura, podia-se ver o lado de fora do prédio, eu só via colunas de fumaça saindo dos prédios em volta. Eu fui até uma sala onde haviam várias estantes com livros, uma mesa e um antigo globo terrestre de bronze.
Eu peguei o globo pesado e o levei até o corredor, comecei à bater com ele na porta até esta ficar amassada, o globo se desprendeu de sua base e rolou no chão, produzindo uma vibração. Eu coloquei minhas mãos entre as portas e fiz força, abri uma passagem grande o suficiente para conseguir passar, mas eu me assustei.
- Merda! - Gritei ao ver aquela cena.
O elevador estava danificado, cabos soltos geravam faíscas e as paredes estavam manchadas de sangue, além disto, havia o corpo de um homem pendurado no meio do elevador. Seu rosto estava ensanguentado e estava sendo suspenso pela sua perna direita, olhei para o teto e vi que ele provavelmente morrera tentando sair do elevador pela comporta de manutenção e havia sido eletrocutado.
Houve um som alto de metal rangendo e para a minha surpresa, o elevador começou à cair, ele desapareceu diante dos meus olhos e seus cabos continuavam se movimentando rapidamente até o som do impacto no térreo do prédio, a polia e as engrenagens se desprenderam e caíram junto, atingindo as paredes do prédio, se aquelas coisas me atingissem, eu seria esmagado na hora.
Percebi que havia um elevador parado um andar abaixo, mais à direita do caminho do elevador que caíra. O elevador parecia estar intacto, eu imediatamente pensei em de alguma forma, pular nele e arranjar algum caminho para sair dali, mas eu poderia morrer. Aquele elevador poderia estar danificado, assim como o outro, se eu pular ali, capaz de as cordas se soltarem e eu morrer. Mas fui surpreendido por uma voz feminina dentro dele.
- Que som foi esse?! O que está acontecendo?! Alguém me ajude! - Gritava a mulher dentro do elevador.
- Senhora?! Você está bem?! Está ferida?! - Perguntei.
- Finalmente alguém! Eu estou com alguns arranhões, mas nada com que deva se preocupar, só me tire daqui, por favor! Eu tentei ligar para os bombeiros e falar nesse interfone, mas ninguém responde.
- Eu vou tentar, aguente firme! - Eu disse.
Voltei ao corredor e procurei por algo que funcionasse como corda, encontrei cabos elétricos pendurados num dos quartos, eu fui até uma porta da equipe de manutenção no mesmo andar e vesti luvas de borracha. Peguei um machado de emergência dentro de uma caixa contra incêndios na parede, puxei o máximo que pude do cabo e o cortei.
Era um pedaço longo, amarrei uma parte no trinco de uma porta e comecei à escalar a parede até o elevador, para a minha surpresa, o trinco não suportou o meu peso e arrancou parte da porta, eu consegui pular em cima do elevador antes que caísse vários andares abaixo, eu apenas pude ver o pedaço da porta batendo contra as paredes e caindo no térreo, era uma altura muito alta, dava medo apenas de olhar para os destroços lá embaixo.
- Você está aí?! Que barulho foi este? Você está bem?! - Perguntava preocupada a mulher.
- Estou bem, não se preocupe. - Respondi, enquanto analisava as engrenagens e dispositivos que ficavam em cima do elevador. - Tenta abrir esta comporta acima da sua cabeça.
- Comporta? Não é perigoso?
- Não, confie em mim, eu vou descer até aí.
Logo eu vi a comporta sendo aberta, eu me posicionei e pulei dentro da portinhola, de repente, no momento em que meus pés atingiram o chão do elevador, este começou à cair. Estava caindo em uma velocidade rápida e no momento eu não liguei para a dor que isto causou nas minhas pernas, pois pensei que iria morrer.
O elevador freou de repente, como se um mecanismo de emergência tivesse sido acionado. Eu e ela nos levantamos do chão do elevador, gemendo por causa da dor nas pernas e nos braços.
- Temos que sair daqui, agora! - Disse ela.
Tentei abrir as portas do elevador, consegui abrir uma pequena passagem por onde eu saí, depois ajudei aquela mulher à sair também, começamos à andar pelo corredor escuro e cheio de sangue, ela mostrava uma expressão de horror em seu rosto, estava assustada e impressionada.
Ouvimos um som atrás de nós, olhamos e vimos o elevador finalmente despencar do nosso andar até o térreo do prédio, desaparecendo com um som de impacto no meio de uma nuvem de fumaça que surgia lá de baixo.
- O... O que aconteceu aqui? - Perguntou ela com voz trêmula.
- Eu não sei, mas temos que sair logo daqui, este prédio está ruindo.
Ela insistiu em ficar parada, olhando aterrorizada para o sangue, os focos de incêndio e uma das portas derrubadas no meio do corredor.
- Venha! - Disse eu em tom mais alto, corremos pelo corredor, desviando dos destroços espalhados pelo chão.
Viramos o corredor e vimos um homem no chão um pouco distante de nós dois, ele estava vivo e nos viu, gritou por ajuda.
- Vocês! Por favor, me ajudem! Não me deixem aqui! Por favor, não me deixem!
Eu olhei para ele e pensei em continuar correndo, mas minha alma falou mais alto, parei e corri até ele, mas antes que eu chegasse até o homem, o teto começou à desabar juntamente com a parte do chão onde ele estava. Apenas consegui ouvir sua expressão horrenda antes da morte e de seu grito de desespero. Depois do desabamento, chamas começaram à se alastrar pelo corredor, eu e a mulher continuamos correndo, mas ela parecia estar chorando, assustada e desesperada.
Quando eu me dei conta, me perguntei o que estava acontecendo... Eu tinha visto sangue, pessoas mortas, fogo, desabamentos... E eu não sabia nem qual era o meu nome. Eu corria ao lado daquela mulher desconhecida, a única sobrevivente viva que eu tinha encontrado, estávamos correndo em direção às escadas, tentando achar um meio de escapar, e foi aí que eu ouvi aquela voz, uma voz rouca, como a de um senhor de idade.
"Can you hear the awakening?!"
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Paranoid Fate
"Apresento à vocês, Yui Nakamura..."
A professora sorridente ao lado da nova aluna da classe. Lá estava a garota nova, parecia carismática, mas sorria de forma tímida. Os alunos de toda a turma sorriam de volta, outros cochichavam entre si sobre a nova aluna.
Ela caminhou entre duas filas de carteiras até uma nos fundos da sala de aula, não deu muito tempo de observar os novos colegas, pois a professora já se preparava para escrever algo no quadro negro. No intervalo, os alunos se socializavam com a mais nova aluna da sala, os garotos a achavam linda e riam entre si, as outras garotas já até pareciam velhas amigas dela.
Nakamura olhou ao redor quando todos se afastaram, a maioria dos alunos não estavam na sala, apenas ela, um grupo na frente da sala e um único garoto na última carteira no canto esquerdo da sala, ele parecia sozinho, ouvia seus fones de ouvido e escrevia algo no caderno.
A garota de cabelos rosados ficou observando-o por um tempo, ele parecia esquecido, isolado... "Que garoto mais... misterioso" pensava ela. O sinal tocou e todos voltaram para a sala mais uma vez, não resistindo à curiosidade, perguntou à uma colega sobre o garoto no final da sala.
- O Hisashi? Nah, ele é um nerd anti-social. - Disse ela. - Nunca fala com ninguém, todos que tentaram ser amigos dele desistiram, ele é muito... estranho.
Horas se passaram e o sinal tocou novamente, Nakamura estava saindo de seu colégio e viu aquele garoto estranho à sua frente, ele estava pegando o mesmo caminho que ela usaria para voltar para casa. Decidiu não falar com ele, apenas continuar andando e observando-o constantemente.
Houve um momento que ele colocou uma das mãos no bolso e retirou um celular, ele o levou até o seu ouvido e disse algo que ela não conseguiu entender, ele de repente moveu ligeiramente sua cabeça para trás, Nakamura parou de andar, ela ficou assustada, sem saber o por que.
"Ele sabe que eu estou aqui?" Perguntava-se ela em sua mente.
Ele apertou algum botão e guardou o celular no mesmo bolso, continuou andando e virou em uma esquina, por um caminho cujo Nakamura não poderia ir por estar fora do caminho de sua casa. Ela parou na esquina e viu o garoto caminhando e virando em um beco entre dois prédios.
- - -
Dia Seguinte.
- O-olá... - Disse a garota.
Hisashi continuava em sua carteira, ouvindo seus fones de ouvido e escrevendo frases em inglês. Ele parecia não ter ouvido a garota, mas então percebeu a sua presença e olhou-a, tirando seus fones de ouvido.
Nakamura sentou-se na carteira à frente, que estava vazia, e então olhou para o caderno do garoto, havia um grande texto ou poema com o título "Paranoid Android".
- Foi você quem escreveu, não foi? - Disse ela, tentando puxar assunto.
O garoto, fitando os olhos da colega, acenou com a cabeça em positivo.
- Posso ver?
Ele parecia relutante, pensou por uns segundos, mas então acenou novamente com a cabeça.
Nakamura pegou o caderno e começou à lê-lo, haviam várias frases em inglês, ela não entendia muito bem o inglês, então só conseguiu ler a primeira linha, que dizia: "Por favor, poderia parar com o barulho? Estou tentando descansar um pouco."
Ela folheou as páginas do caderno e percebeu que haviam diversos outros textos como aquele, alguns escritos em japonês, inglês ou o que parecia ser russo. Impressionada, devolveu o caderno para ele, estava sem palavras, tudo o que pensava era: "O que esse garoto está fazendo?".
Depois de um momento de silêncio entre os dois, uma voz bem baixa foi ouvida...
- São músicas...
- Ãhn? - Respondeu ela, sem entender.
- São letras de músicas que... eu gosto... - Dizia o garoto.
- Então você escreve a letra delas enquanto ouve?
- Sim...
- Você sabe inglês?
- Só um pouco...
- Ah...
Nakamura ficou sem assunto, tinha medo de que ele não estivesse gostando daquilo ou algo do tipo, talvez era por isso que ninguém gostava de conversar com ele, ele era quieto demais. Todos desistiam fácil.
- O meu nome é Yui Nakamura, qual é o seu?
- Hisashi... Só me chame de Hisashi... - Respondeu ele.
Por um momento ela ficou assustada pensando que o garoto olhava para os seus seios, mas percebeu logo depois que na verdade ele olhava para o seu caderno, na mesa.
- Bem, eu vi ontem que você vai embora no mesmo caminho que eu, quer ir comigo depois da aula? - Perguntou Nakamura, corada.
Por uns segundos, o garoto a olhou de forma estranha, como se desconfiasse de algo, mas logo sua expressão mudou e ele acenou positivamente com sua cabeça.
- - -
Os dois andavam lado a lado pela calçada, em silêncio. Durante duas semanas isto se repetia, porém ela tentava conversar cada vez mais com o garoto, ela lhe contava sobre problemas da sua vida, e ele a ouvia, porém nunca falava dele mesmo.
- Hisashi, por que nunca disse nada sobre você pra mim? - Perguntou ela, curiosa.
- Não precisa de palavras para me conhecer melhor, uma pessoa consegue conhecer muita coisa sobre alguém só por estar por perto. - Respondeu ele, enquanto andava.
Nakamura acho aquela frase linda, porém, era a maior que ele já tinha dito desde que se conheceram.
Dias se passaram, ela tentava com todo o seu esforço ser uma amiga para ele, compartilhou suas músicas preferidas e fez com que ele fizesse o mesmo, ele era diferente demais da maioria dos garotos, ele era tímido, gentil, e ouvia músicas de rock, geralmente dos anos setenta, oitenta ou noventa.
Meses se passaram, os demais da classe cochichavam entre si sobre os dois, estava mais do que óbvio que a maioria dizia que os dois estavam em algum tipo de romance. Hisashi não conversava com mais ninguém além de Nakamura, e ela geralmente estava mais perto dele do que do resto da turma.
Num dia qualquer, ela sentou-se na sua carteira e olhou para a de Hisashi, porém, ele não estava mais lá como todas as tardes. À medida que os outros alunos chegavam, ele não aparecia, e continuou assim pelo resto do dia. "O Hisashi faltou a aula? Mas ele nunca faltou! Será que aconteceu algo com ele?!" Pensava preocupada.
No dia seguinte, ele não apareceu. E isto se repetiu por mais um dia... E mais um... E mais outro...
Sete dias se passaram, e ele não havia aparecido mais no colégio.
Na saída, ela notou um pequeno bilhete em sua mochila, dizia: "Gomenasai"*.
Ela andou até a frente do colégio e viu um vulto que se parecia com Hisashi, ela correu até lá e viu o vulto entrando no mesmo beco que tinha visto no primeiro dia, ela correu até lá e encontrou-o sendo espancado por dois outros garotos.
Horrorizada, chamou um guarda que passeava na rua, ele a acompanhou até o beco e já não havia mais ninguém além de Hisashi jogado no chão, ensanguentado.
- Hisashi! - Gritou ela, correndo e se agachando ao lado do garoto.
Enquanto isso, o guarda olhava para ver se o estado do garoto era grave, vendo que seus ferimentos eram mais sérios do que aparentavam, chamou uma ambulância.
- Fale alguma coisa! - Dizia Nakamura, revoltada, e caindo em lágrimas.
- I may... be paranoid... but not an... - Respondeu ele, logo antes de ficar inconsciente.
Um ano se passou, Nakamura nunca mais teve notícias daquele garoto desde que ele foi colocado naquela ambulância e levado embora... Nunca mais apareceu no colégio, nunca o vira novamente, ela fez novos amigos e seguiu sua vida em diante...
- - -
"Dois adolescentes foram encontrados mortos hoje por um casal num beco da rua Sakura, a polícia cercou o local e segundo oficiais, são estudantes de um colégio próximo..." Dizia uma mulher no noticiário da TV.
Nakamura estava voltando do colégio e se deparou com um garoto agarrando-a pelo braço e levando-a até um canto abandonado da escola.
- Eu... Eu estou bem... Me desculpe por sumir tanto tempo... - Dizia ele.
- Quem é você?! E por que está me segurando assim?! Pare! - Gritou ela, se soltando do garoto.
- Y...Yui...?
- Me deixe em paz... E-eu não sei quem é você... - Dizia ela, olhando para o garoto com o rosto deformado.
Nakamura deu de costas e andou apressada para a frente da escola, o garoto continuou ali, parado.
"Por que...? Por que você não se lembra do meu nome?!" Pensava o garoto.
Ele abaixou sua cabeça, e sorriu de forma assustadora. "Tenho certeza que ele sabe...". Uma imagem veio na mente do garoto, a imagem de dois adolescentes com suas gargantas cortadas à ponto de quase separar a cabeça do tronco, olhos furados, espancados e com dedos, mãos, pés e genitálias esmagadas por uma marreta.
"Quando eu for rei você será a primeira contra a parede... Com suas opiniões que não servem para absolutamente nada." Pensou ele.
Mnutos depois, Nakamura corria para casa por causa da chuva que se aproximava, e estava assustada por causa daquele maníaco que a agarrou no colégio, ela passou por um beco próximo da sua casa, e então alguém a puxou na direção do beco escuro, fazendo-a cair com força no chão.
- Por que... Você não se lembra do meu nome? - Perguntou o garoto, de forma assustadora.
- E-eu não sei!
- O que?
- Eu já disse que eu não te conheço! - Gritou ela, no chão.
O garoto ficou cabisbaixo por uns segundos, antes de se abaixar calmamente e desferir um soco no rosto de Nakamura.
A garota caiu novamente no chão, estava agora deitada. "Ambição te faz parecer muito feia".
Ele tirou toda a roupa da garota, que estava inconsciente, beijou-a de forma delicada antes de morder os seus lábios, fazendo-os sangrar.
Ele abusou do corpo da garota, lambendo os seus seios e penetrando sua vagina, seus olhos estavam ligeiramente opacos, como se não soubesse o que estava fazendo, como se tudo aquilo fosse um pesadelo e que logo ele acordaria.
Ele se afastou da garota e sentou-se encostado na parede, ela logo acordou, sua primeira ação foi colocar o dedo em seus lábios que sangravam, logo depois percebeu estar nua e que algo escorria de sua vagina, ela ficou desesperada, porém antes que gritasse, alguém colocou uma fita adesiva em sua boca e impediu que ela falasse, segurando seus braços.
"Gomenasai, tsuma-chan, mas só agora eu notei... Que você armou tudo aquilo contra mim, queria se livrar de mim, por isso pediu para aqueles idiotas me espancarem, mas não se preocupe, eu já me diverti massacrando eles..."
Nakamura estava horrorizada, mas por um momento parou e se lembrou... Mas era impossível! Não podia ser ele! Hisashi... Ele não seria tão monstruoso à ponto de fazer tudo aquilo!
"I may be paranoid, but not an android... Não se preocupe, Deus ama as suas crianças..."
Uma lâmina pequena furou o peito de Nakamura, ela sentiu uma dor forte, mas ela sumia rapidamente, sentia um líquido quente escorrendo da faca, era o seu próprio sangue... Começou à chover nessa hora. Hisashi começou à cantarolar alguma música, como se comemorasse a chuva, logo depois ele se agachou na frente da garota e disse para ela, sorrindo de forma demoníaca:
"That's it, sir! You're leaving!"
- - -
"Mais um corpo de uma colegial foi encontrada nesta tarde de segunda-feira, ela foi estuprada e esfaqueada até a morte, a polícia investiga se o assassinato tem relação com o de dois alunos da mesma escola secundária do bairro, há suspeitas de que seja um assassino em série..."
O ano começava novamente, os alunos andavam pelos corredores do colégio, um garoto com uma pequena deformação perto do olho, como se tivesse levado um soco, escrevia em seu caderno, ouvindo alguma música em seus fones de ouvido, ele estava sozinho, sentado nos degraus de uma escada do corredor.
- O-olá... - Disse uma voz suave e feminina para o garoto, que levantou a sua cabeça e retirou os fones de ouvido... O que você está escrevendo? - Perguntou ela.
Após alguns segundos de silêncio, ele respondeu:
- São músicas... Letras de músicas... E esta canção em especial é um pouco triste.
A professora sorridente ao lado da nova aluna da classe. Lá estava a garota nova, parecia carismática, mas sorria de forma tímida. Os alunos de toda a turma sorriam de volta, outros cochichavam entre si sobre a nova aluna.
Ela caminhou entre duas filas de carteiras até uma nos fundos da sala de aula, não deu muito tempo de observar os novos colegas, pois a professora já se preparava para escrever algo no quadro negro. No intervalo, os alunos se socializavam com a mais nova aluna da sala, os garotos a achavam linda e riam entre si, as outras garotas já até pareciam velhas amigas dela.
Nakamura olhou ao redor quando todos se afastaram, a maioria dos alunos não estavam na sala, apenas ela, um grupo na frente da sala e um único garoto na última carteira no canto esquerdo da sala, ele parecia sozinho, ouvia seus fones de ouvido e escrevia algo no caderno.
A garota de cabelos rosados ficou observando-o por um tempo, ele parecia esquecido, isolado... "Que garoto mais... misterioso" pensava ela. O sinal tocou e todos voltaram para a sala mais uma vez, não resistindo à curiosidade, perguntou à uma colega sobre o garoto no final da sala.
- O Hisashi? Nah, ele é um nerd anti-social. - Disse ela. - Nunca fala com ninguém, todos que tentaram ser amigos dele desistiram, ele é muito... estranho.
Horas se passaram e o sinal tocou novamente, Nakamura estava saindo de seu colégio e viu aquele garoto estranho à sua frente, ele estava pegando o mesmo caminho que ela usaria para voltar para casa. Decidiu não falar com ele, apenas continuar andando e observando-o constantemente.
Houve um momento que ele colocou uma das mãos no bolso e retirou um celular, ele o levou até o seu ouvido e disse algo que ela não conseguiu entender, ele de repente moveu ligeiramente sua cabeça para trás, Nakamura parou de andar, ela ficou assustada, sem saber o por que.
"Ele sabe que eu estou aqui?" Perguntava-se ela em sua mente.
Ele apertou algum botão e guardou o celular no mesmo bolso, continuou andando e virou em uma esquina, por um caminho cujo Nakamura não poderia ir por estar fora do caminho de sua casa. Ela parou na esquina e viu o garoto caminhando e virando em um beco entre dois prédios.
- - -
Dia Seguinte.
- O-olá... - Disse a garota.
Hisashi continuava em sua carteira, ouvindo seus fones de ouvido e escrevendo frases em inglês. Ele parecia não ter ouvido a garota, mas então percebeu a sua presença e olhou-a, tirando seus fones de ouvido.
Nakamura sentou-se na carteira à frente, que estava vazia, e então olhou para o caderno do garoto, havia um grande texto ou poema com o título "Paranoid Android".
- Foi você quem escreveu, não foi? - Disse ela, tentando puxar assunto.
O garoto, fitando os olhos da colega, acenou com a cabeça em positivo.
- Posso ver?
Ele parecia relutante, pensou por uns segundos, mas então acenou novamente com a cabeça.
Nakamura pegou o caderno e começou à lê-lo, haviam várias frases em inglês, ela não entendia muito bem o inglês, então só conseguiu ler a primeira linha, que dizia: "Por favor, poderia parar com o barulho? Estou tentando descansar um pouco."
Ela folheou as páginas do caderno e percebeu que haviam diversos outros textos como aquele, alguns escritos em japonês, inglês ou o que parecia ser russo. Impressionada, devolveu o caderno para ele, estava sem palavras, tudo o que pensava era: "O que esse garoto está fazendo?".
Depois de um momento de silêncio entre os dois, uma voz bem baixa foi ouvida...
- São músicas...
- Ãhn? - Respondeu ela, sem entender.
- São letras de músicas que... eu gosto... - Dizia o garoto.
- Então você escreve a letra delas enquanto ouve?
- Sim...
- Você sabe inglês?
- Só um pouco...
- Ah...
Nakamura ficou sem assunto, tinha medo de que ele não estivesse gostando daquilo ou algo do tipo, talvez era por isso que ninguém gostava de conversar com ele, ele era quieto demais. Todos desistiam fácil.
- O meu nome é Yui Nakamura, qual é o seu?
- Hisashi... Só me chame de Hisashi... - Respondeu ele.
Por um momento ela ficou assustada pensando que o garoto olhava para os seus seios, mas percebeu logo depois que na verdade ele olhava para o seu caderno, na mesa.
- Bem, eu vi ontem que você vai embora no mesmo caminho que eu, quer ir comigo depois da aula? - Perguntou Nakamura, corada.
Por uns segundos, o garoto a olhou de forma estranha, como se desconfiasse de algo, mas logo sua expressão mudou e ele acenou positivamente com sua cabeça.
- - -
Os dois andavam lado a lado pela calçada, em silêncio. Durante duas semanas isto se repetia, porém ela tentava conversar cada vez mais com o garoto, ela lhe contava sobre problemas da sua vida, e ele a ouvia, porém nunca falava dele mesmo.
- Hisashi, por que nunca disse nada sobre você pra mim? - Perguntou ela, curiosa.
- Não precisa de palavras para me conhecer melhor, uma pessoa consegue conhecer muita coisa sobre alguém só por estar por perto. - Respondeu ele, enquanto andava.
Nakamura acho aquela frase linda, porém, era a maior que ele já tinha dito desde que se conheceram.
Dias se passaram, ela tentava com todo o seu esforço ser uma amiga para ele, compartilhou suas músicas preferidas e fez com que ele fizesse o mesmo, ele era diferente demais da maioria dos garotos, ele era tímido, gentil, e ouvia músicas de rock, geralmente dos anos setenta, oitenta ou noventa.
Meses se passaram, os demais da classe cochichavam entre si sobre os dois, estava mais do que óbvio que a maioria dizia que os dois estavam em algum tipo de romance. Hisashi não conversava com mais ninguém além de Nakamura, e ela geralmente estava mais perto dele do que do resto da turma.
Num dia qualquer, ela sentou-se na sua carteira e olhou para a de Hisashi, porém, ele não estava mais lá como todas as tardes. À medida que os outros alunos chegavam, ele não aparecia, e continuou assim pelo resto do dia. "O Hisashi faltou a aula? Mas ele nunca faltou! Será que aconteceu algo com ele?!" Pensava preocupada.
No dia seguinte, ele não apareceu. E isto se repetiu por mais um dia... E mais um... E mais outro...
Sete dias se passaram, e ele não havia aparecido mais no colégio.
Na saída, ela notou um pequeno bilhete em sua mochila, dizia: "Gomenasai"*.
Ela andou até a frente do colégio e viu um vulto que se parecia com Hisashi, ela correu até lá e viu o vulto entrando no mesmo beco que tinha visto no primeiro dia, ela correu até lá e encontrou-o sendo espancado por dois outros garotos.
Horrorizada, chamou um guarda que passeava na rua, ele a acompanhou até o beco e já não havia mais ninguém além de Hisashi jogado no chão, ensanguentado.
- Hisashi! - Gritou ela, correndo e se agachando ao lado do garoto.
Enquanto isso, o guarda olhava para ver se o estado do garoto era grave, vendo que seus ferimentos eram mais sérios do que aparentavam, chamou uma ambulância.
- Fale alguma coisa! - Dizia Nakamura, revoltada, e caindo em lágrimas.
- I may... be paranoid... but not an... - Respondeu ele, logo antes de ficar inconsciente.
Um ano se passou, Nakamura nunca mais teve notícias daquele garoto desde que ele foi colocado naquela ambulância e levado embora... Nunca mais apareceu no colégio, nunca o vira novamente, ela fez novos amigos e seguiu sua vida em diante...
- - -
"Dois adolescentes foram encontrados mortos hoje por um casal num beco da rua Sakura, a polícia cercou o local e segundo oficiais, são estudantes de um colégio próximo..." Dizia uma mulher no noticiário da TV.
Nakamura estava voltando do colégio e se deparou com um garoto agarrando-a pelo braço e levando-a até um canto abandonado da escola.
- Eu... Eu estou bem... Me desculpe por sumir tanto tempo... - Dizia ele.
- Quem é você?! E por que está me segurando assim?! Pare! - Gritou ela, se soltando do garoto.
- Y...Yui...?
- Me deixe em paz... E-eu não sei quem é você... - Dizia ela, olhando para o garoto com o rosto deformado.
Nakamura deu de costas e andou apressada para a frente da escola, o garoto continuou ali, parado.
"Por que...? Por que você não se lembra do meu nome?!" Pensava o garoto.
Ele abaixou sua cabeça, e sorriu de forma assustadora. "Tenho certeza que ele sabe...". Uma imagem veio na mente do garoto, a imagem de dois adolescentes com suas gargantas cortadas à ponto de quase separar a cabeça do tronco, olhos furados, espancados e com dedos, mãos, pés e genitálias esmagadas por uma marreta.
"Quando eu for rei você será a primeira contra a parede... Com suas opiniões que não servem para absolutamente nada." Pensou ele.
Mnutos depois, Nakamura corria para casa por causa da chuva que se aproximava, e estava assustada por causa daquele maníaco que a agarrou no colégio, ela passou por um beco próximo da sua casa, e então alguém a puxou na direção do beco escuro, fazendo-a cair com força no chão.
- Por que... Você não se lembra do meu nome? - Perguntou o garoto, de forma assustadora.
- E-eu não sei!
- O que?
- Eu já disse que eu não te conheço! - Gritou ela, no chão.
O garoto ficou cabisbaixo por uns segundos, antes de se abaixar calmamente e desferir um soco no rosto de Nakamura.
A garota caiu novamente no chão, estava agora deitada. "Ambição te faz parecer muito feia".
Ele tirou toda a roupa da garota, que estava inconsciente, beijou-a de forma delicada antes de morder os seus lábios, fazendo-os sangrar.
Ele abusou do corpo da garota, lambendo os seus seios e penetrando sua vagina, seus olhos estavam ligeiramente opacos, como se não soubesse o que estava fazendo, como se tudo aquilo fosse um pesadelo e que logo ele acordaria.
Ele se afastou da garota e sentou-se encostado na parede, ela logo acordou, sua primeira ação foi colocar o dedo em seus lábios que sangravam, logo depois percebeu estar nua e que algo escorria de sua vagina, ela ficou desesperada, porém antes que gritasse, alguém colocou uma fita adesiva em sua boca e impediu que ela falasse, segurando seus braços.
"Gomenasai, tsuma-chan, mas só agora eu notei... Que você armou tudo aquilo contra mim, queria se livrar de mim, por isso pediu para aqueles idiotas me espancarem, mas não se preocupe, eu já me diverti massacrando eles..."
Nakamura estava horrorizada, mas por um momento parou e se lembrou... Mas era impossível! Não podia ser ele! Hisashi... Ele não seria tão monstruoso à ponto de fazer tudo aquilo!
"I may be paranoid, but not an android... Não se preocupe, Deus ama as suas crianças..."
Uma lâmina pequena furou o peito de Nakamura, ela sentiu uma dor forte, mas ela sumia rapidamente, sentia um líquido quente escorrendo da faca, era o seu próprio sangue... Começou à chover nessa hora. Hisashi começou à cantarolar alguma música, como se comemorasse a chuva, logo depois ele se agachou na frente da garota e disse para ela, sorrindo de forma demoníaca:
"That's it, sir! You're leaving!"
- - -
"Mais um corpo de uma colegial foi encontrada nesta tarde de segunda-feira, ela foi estuprada e esfaqueada até a morte, a polícia investiga se o assassinato tem relação com o de dois alunos da mesma escola secundária do bairro, há suspeitas de que seja um assassino em série..."
O ano começava novamente, os alunos andavam pelos corredores do colégio, um garoto com uma pequena deformação perto do olho, como se tivesse levado um soco, escrevia em seu caderno, ouvindo alguma música em seus fones de ouvido, ele estava sozinho, sentado nos degraus de uma escada do corredor.
- O-olá... - Disse uma voz suave e feminina para o garoto, que levantou a sua cabeça e retirou os fones de ouvido... O que você está escrevendo? - Perguntou ela.
Após alguns segundos de silêncio, ele respondeu:
- São músicas... Letras de músicas... E esta canção em especial é um pouco triste.
domingo, 29 de janeiro de 2012
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